segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Lettera Amorosa


Respiro o teu corpo
Sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
Sabe a cal molhada,
Sabe a luz mordida,
Sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
Sabe a rosa louca,
ao cair da noite
Sabe a pedra amarga,
Sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

2 comentários:

TempoBreve disse...

Na Gragça tem o Caeiro pensativo. Imagine só o tratante que só diz sentir, e põe-se a pensar. Aqui, no Tranquilamente, atira-me com o Eugénio de Andrade. Gosto um pouco dum e um pouco doutro,por razões diferentes. Mas não me casava com eles, se eles fosse mulheres, claro.
Veja se continua a seleccionar-me poemas. Pode ser que acerte em algum autor que eu goste deveras.
Não se ponha para aí a dizer que os meus bons dias são apressados. Foram dados, educadamente, na altura devida. Você é que já devia estar debaixo da manta à hora que me mandou os seus comentários. Não há regime, é? Olhem lá a que horas ela anda a vadiar comentários?!
Quanto ao ser macio, você não sabe que o que é áspero é como o que é macio? E não se ponha para aí a criar-me má fama que eu depois conto-lhe uma história.
Aceito o abraço. Mas não vou apertar, não vá o diabo tecê-las e.

GraçaGrega disse...

Tempobreve a seu tempo tenho a certeza que vou acertar nos seus autores favoritos...
Isto se vc não tiver gostos estranhos, é claro.
Quanto à manta ainda faz calor demais para a usar, está guardada!! e depois aquela é a hora ideal para pensar.:-))
Com tantas histórias que vc me quer contar acho que a memória o vai trair,vai ter um ataque de amnésia tal, que vai esquecer tudo...rs
Não aperte muito não, cuidado com o vaso..:-)))